Retorno às margens deste espaço cibernético...

Ok... Não me recordo tão bem de como uma entrada em um blogue funciona, mas vamos lá:

Saudações, SpaceHey!

 Logo logo fará mais de um ano desde a última vez que dei as caras por aqui e, francamente, lembrar dos motivos que me fizeram entrar em hiato (ou melhor: morte presumida) é tarefa penosa. Criei este perfil nesta plataforma justamente por considerá-la uma "margem existencial", se o termo supre a intenção; um modesto e vitoriano café de vitrais violeta à disposição de todo coração em busca de um descanso, ou seja: O recinto perfeito para escrever abobrinhas e desarranjos da pior estirpe sem esperar nada em troca. Há um mórbido afeto em publicar algo sem saber se será lido, é reconfortante no mesmo nível de como é melancólico.

 O perfil, porém, e todos os garranchos que "burilei" com mão imaturada à época, já não me expressam mais, muito menos meus pensares e pesares, ou sonhos e encantos. Excluí-os. E porquê escrevo isto? Não sei, mas meu eu do passado bem o sabe, é aquilo que faltava, no fim das contas. Retorno enfim à escrivaninha, armado com a pena da galhofa e com a tinta da ironia. Irei publicar, vez ou outra, um rascunho de poema aqui; um esboço de onirismo acolá. Quiçá até mesmo resenhas de álbuns e filmes hão de surgir por aqui.

 A vida adulta tem lá suas belezas e com certeza tem suas máculas, mas, embora contradizendo o tempo que insiste em correr e correr, como alvo coelho de colete, farei meu papel de Alice e o perseguirei, vindo aqui quando couber fazê-lo.