"Banalidade do mal" - Hannah Arendt

Escolhi falar um pouco da Hannah,  pois, recentemente conheci ela pelo TikTok e acabou que utilizei muito a ideia da “Banalidade do mal” em redações, então achei interessante pesquisar mais sobre.





Sobre ela:


Hannah Arendt nasceu na Alemanha, no dia 14 de Outubro de 1906, e foi uma filósofa de origem judaica, sendo assim, uma grande pensadora do século 20. Ela precisou exilar-se nos EUA por conta do nazismo e com isso teve sua trajetória marcada pelo combate ao antissemitismo, além de ter dedicado seu pensamento à compreensão do totalitarismo, que foram incorporados nos governos nazistas e stalinista.


Suas principais obras foram: “Eichamnn em Jerusalém”; “As Origens do Totalitarismo”; “A condição Humana”; e “Entre o Passado e o Futuro”. Atualmente ainda, ela é tanto alvo de críticas quanto uma influenciadora no ramo das humanidades. Suas obras são caracterizadas por serem vastas e complexas, suas críticas se devem, sobretudo, por possuir uma “postura independente”, assumindo uma certa “contradição” e se afastando de uma identificação clara no espectro político. Mas é muito importante saber que ela NÃO é neutra, somente possui um pensamento que questiona as ideologias, tornando-se “contraditório, complexo e sofisticado”.

Ela continuou suas publicações na década de 60, porém, faleceu no dia 4 de Dezembro de 1975, aos 69 anos, por conta de um ataque cardíaco.



Teoria da banalidade do mal

O mal radical, que ela nomeia também como mal absoluto, a maldade para além do vício, faz ruir todo o sistema legal justamente porque a lei, feita para os homens. Quando Hannah Arendt forjou a expressão “banalidade do mal”, referia-se tão somente ao mal que se abateu sobre os judeus da Europa continental, alvos da política nazista de eliminação sistemática. Essa expressão sintetizou a tese defensiva de Eichmann, basicamente de que apenas era um executor de ordens e que a “Solução Final” naquele contexto não poderia ser considerada uma violência quando executada nas câmaras de gás.

Em sua obra, Hannah Arendt observou que Eichmann era “terrível e assustadoramente normal”, pertencente a uma nova espécie de criminosos, que, mesmo desprovidos de sadismo ou perversão, eram capazes de cometer terríveis atrocidades.  Eichmann era obcecado por poder e ascensão social, faria qualquer coisa para ser reconhecido e ter sucesso, mas esse desejo de sucesso é o que o levaria a praticar o mal. Era por essa razão que ele deveria ser punido. A racionalidade que Eichmann acreditava e usava não era uma racionalidade favorável para a coletividade. Essa racionalidade não era avaliativa e nem refletida no bem-estar comum.

A falta de reflexão crítica sobre determinados assuntos gera a falta de compromisso ético em grandes proporções. O problema é que essa ausência de pensamento se traduz na banalidade do mal. Vivemos, hoje, na época de grandes movimentos que estimulam o ódio contra grupos religiosos e étnicos. Esses grupos agem em nome de uma nação, ameaçando as instituições democráticas. Essa normalização de comportamentos prejudica a democracia, as organizações democráticas e a compreensão de cada indivíduo sobre o que é correto ou não.


Uma cena atual, vivida no cotidiano dos brasileiros, é ver um morador de rua e simplesmente passar andando por ele. Os moradores de rua dos centros urbanos brasileiros não são vistos mais como “semelhantes”, e com isso, as pessoas “normais” acabam sendo indiferentes perante eles, com isso eles se desviam do morador de rua e seguem suas vidas. Isso, atualmente, poderia ser considerado uma “banalidade do mal”, já é tão comum no nosso cotidiano que deixamos de lado, pois, pensamos que: “Isso não é minha culpa” ou até mesmo “Não tem oque fazer.”



É isso gente!! Espero que vocês tenham gostado <3

Até a próxima!! :-]


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