sobre pessoas meio contraditórias, eu tenho duas amigas muito específicas as quais eu sinto que nunca consigo entender qual é a delas, são pessoas que apesar do carinho mutuo e compartilhado, não sei se são pessoas a quem posso confiar. Queria poder montar as pessoas como um quebra cabeça e conseguir entender suas verdadeiras intenções.
Lembrei quando minha mãe me disse recentemente que eu era muito ingênua quanto a natureza das pessoas, mas não acho que de fato seja isso, talvez isso possa ter a ver com um certo egoísmo ou carência emocional, acho que quando encontro pessoas legais e divertidas, eu mato um pouco do meu senso crítico pra não precisar perde-las. me cego, não admito, que talvez aquilo não caiba, ou seja arriscado, ou perigoso. Como se ´´uma pessoa que eu admiro fez isso, logo está tudo bem´´, mas pessoas admiráveis também cometem erros.
E isso me lembrou de um trecho do livro ´´perto do coração selvagem´´
´´E, livre, nem ela mesma sabia o que pensava. Sim, ela sentia dentro de si um animal perfeito. repugnava-lhe deixar um dia esse animal solto. Por medo talvez de falta de estética. Ou receio de alguma revelação... Não, não - repetia-se ela - é preciso não ter medo de criar. No fundo de tudo possivelmente o animal repugnava-lhe porque ainda havia nela o desejo de agradar e ser amada por alguém poderoso como a tia morta´´
Joana fala muito sobre a aparência morna e estranhamente apodrecida da bondade, como somos quase que subordinados dessa imagem bondosa e inocente, pra que? pra receber amor.
segundo Joana, a bondade é um pedaço de carne morna e quieta.
a maldade é um pedaço de carne sangrenta, vivíssima, irônica, imoral
mas segundo também a mesma, não era do mal apenas que alguém poderia respirar sem medo.
eu gosto muito dessas analogias, gosto muito desse livro.
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