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A poucos dias atrás eu fiz um post no TikTok falando a respeito da geração Z parecer estar sempre em busca de se conectar com o passado de alguma forma... ( Em especial os anos 2000! )
A muito tempo tenho reparando isso, tanto por mim próprio, quanto os outros jovens que converso e parecemos ter a mesma mesma opinião. As vezes também me peguei em um auto questionamento do: " por que gostamos tanto dessa época? o que tinha lá? " E quase que automático já me vem uma resposta:
" Nós seres humanos em sua maioria tendemos gostar da simplicidade... "
E acho que é por isso que somos tão apegados a ele, era onde tudo parecia mais simples mesmo com seus defeitos. Fomos jovens que crescemos no centro de um mundo que de repente mudou totalmente de uma vez, e ficou aquela sensação de que passou tão rápido que nem deu tempo de aproveitar; depois de 2010 a tecnologia só evoluiu e tivemos que se apressar para conseguir a acompanahar...
( Como se fossemos máquinas feitas em um processador antigo, porém tendo de se adaptar ao novo rápido antes que sejam tiradas de linha. )
Parece que a gente vive em um estado de excesso constante. A internet que antes era um lugar de descoberta e fazia de cada clique era uma aventura...
Hoje se tornou quase um " limbo " em vida, Estamos sempre ali; vagando sem rumo e raramente sentindo algo novo. É como se estivéssemos presos a um ciclo em que a informação nunca para de chegar, más epesar dessa vastidão facilitada o vazio continua no final das contas; como se drenasse a capacidade de sentir surpresa e a empolgação dos desafios que enfrentavamos antes, para conseguir obter algo por mais bobo que fosse.
Nos anos 2000, até os silêncios tinham significado... Mandar uma mensagem e esperar horas por resposta não causava ansiedade, era algo normal; conversas sempre tiveram pausas, a vida como um todo tem suas pausas.
Hoje é como se tudo exigisse presença imediata, se não estarmos sempre ligados; logo sobe aquela sensação de medo de sermos deixados para trás. Essa cobrança excessiva causa um cansaço invisível, uma melancolia que a gente nem sempre sabe explicar.
Talvez por isso a nostalgia seja tão forte na mente da nossa geração, Ela não é só saudade de objetos, moda, filmes ou músicas; más a vontade de ter aproveitado mais de um ritmo de vida que permitia respirar. A sensação de que o tempo era realmente vivido, e não apenas registrado... Uma tentativa de se refugiar em uma realidade mais simples e menos caótica.
Ganhar a oportunidade de resolver esse assunto inacabado que temos, e extrair mais do mundo antigo!
( Que por sinal fomos os últimos a ter a oportunidade de ver como eram as coisas antes. )
É o reflexo de uma juventude que cresceu entre promessas de futuro brilhante e realidade frustrante, tentando costurar o que foi perdido.
Voltamos aos anos 2000 em pensamento porque lá o simples bastava:
- Um encontro com amigos apenas para conversar. Sem registro em stories, postagens ou curtidas...
- Uma tarde inteira fora de casa sem precisar de um celular no bolso...
- A emoção de gravar um CD com músicas escolhidas a dedo...
A geração Z cresceu no meio da virada: " Filhos do analógico e do digital ao mesmo tempo. " Carregamos essa dualidade... Estávamos empolgados com o novo, más também ansiamos pelo antes que nos ancorou. Talvez seja isso, não é que o passado fosse perfeito; é que nele havia espaço para sentir o momento, sem a pressa de ter que acompanha-lo. E essa é a simplicidade que, mesmo sem perceber, continuamos procurando.
Comments
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Roberta
Nós tendemos a romantizar o passado. Eu adoro os anos 2000, amo os anos 2010 ainda mais e sei exatamente o porquê. Quando eu era criança via minhas primas se divertindo, usando roupas coloridas e estilosas, se divertindo sem seguir as regras. Eu tinha uma prima que se vestia como os emos, ecutava música emo, via filmes emo (ela jura de pé junto que não era emo) e eu era completamente APAIXONADA nesse estilo. Eu lembro que não esperava a hora de crescer e poder usar roupas assim, de usar a minha voz pra combater os preconceitos da sociedade, assim como elas. Elas me falavam sobre liberdade, sobre questionar o padrão, e eu via todos os amigos delas desse mesmo jeito.
Agora eu tenho a idade delas daquela época, não sei usar minha voz pra nada, não sei falar de liberdade, o que me resta são os filmes, as músicas e o estilo. E talvez essas coisas até me deixem mais solta pra militar (rs), como se eu estivesse bêbada de arte.
A cultura que eu enxergo no meu ambiente hoje é muito mais conservadora e vai contra tudo que eu cresci acreditando, então mesmo que eu não seja O exemplo de liberdade, sei que esse é o caminho "certo".
Foram bons tempos!
by O Ninja; ; Report
Infelizmente nosso mundo está caótico e isto só aumenta os pensamentos conservadores da juventude atual, eu realmente não aguento mais jovens conservadores e influenciáveis disseminando ódio a rodo por aí ( principalmente a normalização de preconceito).
Creio que também seja a separação entre internet e vida real que os anos 90 e 200 tinham, quando você desligava o computador, aquele mundo parecia não influenciar em sua vida cotidiana.
Gostamos da simplicidade e do toque humano, o que vem se tornando raro hoje dia, visto que tudo é inteligência artificial (eu devo ser a pessoa que mais odeia inteligência artificial generativa na face da terra).
by 𝕸𝖆𝖞; ; Report
Jovens são influenciáveis seja no núcleo conservador ou mais liberal, as pessoas estão raivosas no modo geral... Se você discorda com algo já é atacado, se faz uma piada soa ofensivo, se mostra a sua forma de ver o mundo está errado; qualquer Núcleo que tu vai tu tem que assumir uma segunda face pra se encaixar ali se não é chutado pra fora. Acho que isso de jovem conservador não existe, se encaixa mais com guerra de opiniões tudo tem que ter uma pauta política hoje; se você não deixa bem escancarado qual é a sua intenção tu é excluído e acho que o maior erro das pessoas é esse, deixar explícito sua crença política ou religiosa acima do desenvolvimento de uma relação com alguém; antigamente ninguém perguntava se tu era de esquerda ou direita ou qual é a religião certa; antigamente queriam falar era de coisa divertida então acho que é nisso que as pessoas estão pecando; expor demais opiniões pessoais a todos ao invés de focar no que realmente é interessante.
by O Ninja; ; Report
Sim, tem isso do povo querer dar opnião em tudo, embora eu não goste muito do conservadadorismo, admito que os dois lados tem uma face podre
by 𝕸𝖆𝖞; ; Report
Pois é kkkk tenho minhas rixas com os dois lados, tudo aquilo que começa a militar muito pra mim em algum ponto já me irrita; aí acabo batendo cabeça demais sempre que tento me incluir em um grupo de pessoas hoje em dia, no final das contas fico excluído mesmo... Kkkk
by O Ninja; ; Report
Ai eu sou o tipo de pessoa que milita demais, eu acho que cheguei num ponto no qual eu realmente não consigo rir de piadas preconceituosas. Não sei se isso é certo ou errado, mas é o meio do qual eu me identifiquei mais.
Diferentemente do que vcs falaram, acredito que podemos explorar outras faces do humor. Com os meus amigos meu humor é bem shitposter e infantil, quero mostrar pras pessoas que esse humor, além ofender menos pessoas, também pode ser bom. (Não enfio nada a força na cabeça dos outros, se eu ver que a pessoa não tem más intenções com o humor dela, eu caio fora e deixo ela em paz. Tem um ponto também, vocês acham que o humor ácido é necessário? Às vezes esse humor é bom pra fazer as pessoas refletirem).
by Roberta; ; Report
Humor ácido pra mim só é válido entre amigos ou para quem aceita, para quem não aceita é sim preconceito. Incluindo coisas que não deveriam ser piadas, como acontecimentos históricos e certos regimes.
by 𝕸𝖆𝖞; ; Report
Total!
by Roberta; ; Report