ele nunca escrevia sobre ninguém é meio óbvio o porquê. andava em sua prisão branca sem nunca falar nem conversar. ele abria cortes laranjas e gritava para que alguém escutasse mas nunca escutaram. ele esperava por mensagens ocultas que o tirassem de lá que o mandassem de volta. nunca vieram. nunca o buscaram. o poeta deita no chão ele já não tem mais certeza de quem é seu nome, já esquecido pelo tempo. sua nomenclatura já sem sentido. seu propósito se tornou oblíquo. e com o tempo todos que ainda se recordam também esquecerão. até mesmo seu criador. preso. preso naquela jaula. preso naquele mundo. preso no laranja. tão tão laranja. o poeta, ou quem quer que seja, grita. sem voz, mas grita. alguém alguém por favor me tire daqui. me ouça. torne-se meu salvador. tire-me deste tormento remova-me do tão laranja. me ajude.
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