Autópsia de um Homem Raivoso

(sim sim eu sei eu repeti o primeiro verso com outro poema q eu fiz mas DETALHEEEEE eu so quero me odiar em paz)


Sou um homem doente

Sou a doença

Mas me finjo de indiferente

Mesmo sendo uma coisa intensa

Raivoso, estressado e desgraçado

Desgraçado, frustrado e armado.

Armado de pensamentos

Estes que se descontrolam, criam vida e me devoram

Porém, sinto que eles me inteiram

Pegam pedaços de cadáveres e se juntam 

Se grudam

Como um projeto de Frankenstein defeituoso.


Meu desprezo pela humanidade pode ser curioso

Mas é incrivelmente apetitoso.

Libertador, até, eu diria. 

Aceitar que somos bichos irracionais, um muro de traumas e acontecimentos grudados com remorso

Mesmo que não seja o que eu queria 

Queria ser bom, mas não é ingênuo, não burro, não inocente

Só bom, decente.


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