Amor! Usa-i meus cabelos de pantufa, travesseiro
Dia que eu para ti não os tiver mais, minha raíz apodrecida
Lhe dou meu bem mais precioso
Arranco à ti minhas unhas
Lhe faço um colar imperfeito
Há em ti meus dentes, minha saliva
Venha outono venha verão venha inverno
Mas só na primavera tu me aparece!
Ah... isso eu não tenho reclamação
Sempre te espero banguela, em um prato minha língua
Eu vou te esperar! Esperar... esperar
Com minha carne que sangra vou fazer corações ao vento
Esse é meu amor por ti!
Meu coração pode ser teu, batendo e pulsando em tuas nuas mãos
Mas meu cérebro... um pedaço insignificante
Lá esse, ainda é meu.
Minhas palavras consumadas nos teus lábios ficam
Essas que um dia... um dia tu vais sentir o gosto
Ao lamber o sabor de outras, lá vai estar eu
No fundo, fundo
Lembrando que és meu, minha paixão.
Meu amor... tua boneca ainda te espera aqui
Ela não chora, não dói... mas espera paciente teu chamar
Ela irá até ti... basta chamar
Não reclamará, empoeirada e suja
Entusiasmada ela vai se limpar, cantarola quando tu se permite dar corda
"Meu amor! Meu amor... meu amor, ele vem me visitar!"
Ela vai se jogar em teus braços
Só basta pela porta tu entrar.
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