Eu vou escrever aqui um pouco sobre vários livros que vou ler esse ano, dando um ênfase bem grande no vários, devido a Fuvest e a Comvest EEEEEEEEEEE o primeiro que eu comecei a ler foi o “No seu pescoço”, da autora Chimamanda Ngozi Adichie, então além de aproveitar e contar sobre as coisas que eu estou fazendo também vai ser uma forma de lembrar o que se passa em cada conto e aprender um pouco sobre cada autor(a), pois, são muitos.
Quem é Chimamanda Ngozi?
Ela nasceu dia 15 de Setembro de 1977 em Enugu, na Nigéria, sendo a quinta filha de uma família de seis crianças. Ela cresceu no campus da Universidade da Nigéria, Nsukka, onde seu pai era professor e sua mãe foi a primeira mulher Registradora. Ela estudou medicina por um ano em Nsukka e então partiu para os EUA aos 19 anos para continuar sua educação em um caminho diferente. Ela se formou summa cum laude pela Eastern Connecticut State University com um diploma em Comunicação e Ciência Política.
Com mestrado em Escrita Criativa pela Universidade Johns Hopkins e mestrado em História Africana pela Universidade de Yale ela recebeu uma bolsa Hodder na Universidade de Princeton para o ano acadêmico de 2005-2006, e uma bolsa no Instituto Radcliffe da Universidade de Harvard para o ano acadêmico de 2011-2012. Além de já ter recebido títulos de doutora honorária em diversas universidades. Atualmente ela é casada, com uma única filha e dividindo seu tempo indo para a Nigéria e EUA, com workshops de escrita.
A Cela um
Essa história fala basicamente sobre uma família que vivia em perto de um campus acadêmico e, na época deles, estava se tornando “moda” os adolescentes cometerem pequenos furtos em casas familiares, pegando TVs, microondas, CDs etc. Um dia essa família, composta pelos pais e um casal de filhos, foi assaltada e levaram deles as jóias de sua mãe, porém, a irmã (narradora da história) acha muito esquisito e comenta com o leitor como tudo parecia ter sido meticulosamente planejado para parecer arrombado e, por isso, levantou suspeita contra seu irmão. O mesmo negou, porém, depois ele foge com as jóias e volta após 15 dias, todo sujo e com cheiro de bebida, chorando para seus pais e pedindo desculpa pelo feito. A irmã fala que, provavelmente, o irmão não tinha coragem para roubar outras casas, então a deles era a mais “viável”.
Após um tempo, alguns grupos rebeldes surgiram na faculdade do irmão e esses mesmos eram acusados por batalhas entre si e mortes, o que deixava marcas como corpos nas ruas e rastros de violência. O irmão negava participação, porém, todos o conheciam e o respeitavam, o que deixava sua irmã encucada com o assunto. Os policiais, na tentativa de parar com essas brigas, promove um toque de recolher para os alunos, porém, alguns não respeitam isso, e a maioria dos participantes desses grupos rebeldes, e o irmão no meio, vão para um bar, onde acabam sendo pegos pela polícia e levados para a cidade principal. A família dele corre em seu socorro e quando chegam lá, o filho explica que não havia feito nada de errado e que não estava envolvido com nenhum dos crimes.
Dias se passam enquanto a família sempre vai visitá-lo, levando comida e dinheiro para subornar os guardas, e o menino conta seus dias e semanas que passa lá, a cada dia mais devastado e abalado psicologicamente, ele não parecia mais ser o mesmo de antes. Ele comenta sobre um pobre senhor que não havia cometido nenhum crime mas, por ser pai de um procurado pela justiça, havia sido preso e era constantemente humilhado pelos guardas, além disso, ele também fala sobre como a cela de número um era a pior, visto que aqueles que entravam nela, sempre eram levados para outro lugar e nunca voltavam. Ele fala para a família que não aguenta ver esse pobre senhor sofrer, mas seus pais não imaginam que ele poderia fazer algo que o impedisse de voltar para casa, porém, quando eles vão lhe buscar para ele voltar, pois, havia sido provado inocente, descobrem que um dia antes ele foi movido para a cela um por ter defendido o idoso. Os seus pais surtam quando descobrem isso e obrigam a polícia a levamos para onde estaria seu filho, o policial aceita e leva-os, contudo, eles são guiados para um lugar totalmente abandonado, não possuindo nem um endereço. Após esperarem do lado de fora do local, o filho deles aparece e fica quieto, sem falar nada, apenas digerindo tudo que havia acontecido naquele local horrível e que, com certeza, aqueles que entraram com ele não teriam a mesma sorte de sair.
Réplica
Essa história fala sobre uma mulher que se casou com um homem rico nigeriano e ele a levará para morar nos EUA e, assim, construir uma família juntos. Eles se casam e criam seus filhos, porém, ele nunca pode ficar muito tempo em casa, devido ao seu trabalho de curador de peças africanas em museus. A sua esposa e seus filhos já estavam acostumados com a falta dele na família, porém, um dia uma amiga muito antiga, que a esposa(narradora) dizia ter muita inveja dela, liga e fala que seu marido havia sido visto com outra mulher. A esposa fica indignada e não aceita isso, começando a imaginar e criar diversas teorias, até que ela acredita nesse fato, o que a faz cortar o cabelo para se “encaixar” no novo padrão escolhido pelo homem. Após um tempo, ela vai conversar com sua empregada, a qual ela havia desenvolvido uma relação muito próxima de amigas.
Sua empregada diz que isso pode sim acontecer mas que quem foi escolhida era ela e que ela era a esposa dele, então para tudo ficar “bem” ela deveria ignorar esse fato. A própria esposa repensa na sua juventude, onde ela também havia saído com homens casados e imagina se essa amante do marido também via os defeitos que ela mesma antigamente via nos homens mais velhos, só que agora em seu esposo. Ele liga, durante a noite, para perguntar como ela estava e que logo ele estaria voltando, em contrapartida, ela estava mais seca e desanimada do que o comum, percebendo que não o conhecia de forma nenhuma.
Um tempo depois, ele volta para os EUA e ela o trata com certa indiferença, porém, faz de tudo para que seus filhos não percebam e apenas fiquem felizes com a presença do pai que a muito tempo não viam. Eles vão para casa e o marido trata ela como se nada tivesse acontecido, sem perceber que ela havia mudado ele a chama para tomar banhos juntos, porém, ela nega de primeira, até ele voltar a insistir e ela aceitar e ir. Ela começa a falar que gostaria de voltar para Lagos, onde eles moravam, e que queria morar de novo lá e até achar uma escola para seus filhos, dessa forma, apenas passar as férias nos Estados Unidos. O seu marido acha muito esquisito tudo isso e, mais ainda, quando ela fala que queria saber o que acontecia em sua casa em Lagos, visto que, até empregados eram contratados e nem mais ela sabia quem entrava lá ou não, além da susposta amante. Seu esposo dá de braços ao seu pedido e fala que iriam conversar sobre, mas ela já sabia que estava decidido, e que provavelmente eles nunca iriam falar sobre, tanto que ela mesma se questiona se ele havia escolhido ela para casar-se só porque ela não tomava iniciativa ou alguma decisão.
Uma experiência privada
Nessa história, duas irmãs vão visitar sua tia em Kanos e enquanto elas estavam na rua em uma feira, começou a ter um conflito entre mulçumanos e não mulçucamos, que sempre ocorriam. As irmãs se separam e uma enquanto uma delas corre, ela acaba encontrando uma feirante que a ajuda a se esconder dentro de uma loja pequena e abandonada. Ela fica desesperada, já que não conhecia a moça e não sabia o destino de sua irmã, e a moça, que era muçulmana, tenta se comunicar com ela e acalmá-la, dizendo que estaria tudo bem e que aquelas coisas aconteciam, tanto que ela já havia perdido uma de suas filhas em um ataque assim e ambas estavam acostumadas a fugir e se esconder.
A menina fica naquela loja por horas, que parecem intermináveis, mesmo conversando com aquela desconhecida, ela não consegue parar de pensar em sua irmã e fica imaginando tentando ter forte na mente que ela estava viva e segura. Essa moça desconhecida, pergunta para a menina qual curso ela estava fazendo, e ela responde que estava fazendo residência, já que cursava medicina, essa mesma moça levanta a blusa e mostra o seu seio para a menina. A moça fica meio assustada, pois, de primeira ela não entende muito, até a mulher começar a explicar que o mamilo dela estava ressecado e que ela havia acabado de ter um filho, dessa forma, a jovem ajuda a moça e ela agradeceu dizendo que iria aplicar todos os cuidados que foram ensinados a ela.
Elas continuam até uma certa hora da noite, quando a menina cansa e fala que precisa ir embora para encontrar a irmã. A outra mulher alerta ela, falando que ainda não era seguro para ela sair, mas é ignorada enquanto a outra pulava a janela pela qual havia entrado. Enquanto saia, ela enxergava um cenário de destruição e milhares de corpos mortos enfileirados, como se tivessem sido calculados para estarem um ao lado do outro. Ela sem querer cai ao lado de um dos corpos carbonizados, não conseguindo nem identificar nenhuma das características que definiam aquela pessoa. Assustada ela começa a correr de volta para a loja e fica encolhida num canto junto com a mulher que continuava lá parada e esperando. Ela continua com a moça, enquanto pensa na segurança de sua irmã, e a cada hora que se passava, ela criava um certo laço com essa mulher desconhecida, que provavelmente também teria perdido a filha naquele momento junto com a irmã desaparecida.
A moça fala que está seguro, pois, o moço que aparecia vendendo comida para os que fugiram havia aparecido e que agora ambas teriam que se separar para acharem suas famílias. A jovem agradece a mulher e as duas vão embora, sem se rever, com apenas uma coisa em comum, a perda de alguém da família que nunca mais irá voltar. No fim, enquanto refletia sobre sua irmã, a moça despreza como os canais de televisão desprezam e banalizam o que ocorre, fazendo com que esses ataques parecem muito menores do que realmente são.
Fantasmas
Um professor, que já era velho, está saindo da secretaria da faculdade na qual trabalha após, novamente, sem sua aposentadoria, que tanto enrolam para pagá-lo e lamentam que não conseguem fazer algo para ajudar. Ele se lamenta, porém, acostumado com essa triste rotina, seguem em direção ao estacionamento para ir embora em direção à sua casa. Enquanto ouvia as vozes dos jovens trabalhadores de longe, ele caminhava até reconhecer a sombra de alguém já morto a muito tempo. Uma carcaça ambulante? Uma assombração? O que era aquilo?
Esse senhor, que já era diferente do antigo jovem que o velho conhecia, chama ele pelo nome e o assusta, pois, fazia mais de 10 anos que não se viam. Eles se cumprimentam e trocam olhares de curiosidade, pois, nenhum fazia ideia de que o outro estava vivo. Ambos, antigamente, lecionavam juntos na mesma faculdade, porém, o “morto” era o mais ativo em qualquer quesito para lutar pelos seus direitos e contra injustiças. Eles conversam e relembram fatos de suas vidas, a perda da esposa do velho e como a mesma ia visitá-lo toda noite, como o “morto” foi nomeado assim pelo seu desaparecimento devido a evacuação de uma cidade que estava em guerra, e que, na verdade, ele nunca esteve morto, somente na Suécia. Além de falarem da família, que o velho possuía uma filha e um neto e o “morto” não possuía nenhum familiar restante.
Eles passam um bom tempo contando as novas, até que o velho decide chamar o morto para ir à sua casa, porém, o mesmo recusa, visto que, precisaria ainda visitar muitos amigos antigos. Os senhores se despedem e o velho vai em direção de sua casa, sentar-se no seu escritória, na espera de uma ligação, talvez de sua filha, que se não ligar, fará com que seu pai levante, tome um banho, deite na cama e espere a sua falecida esposa, abrir e fechar a porta, para passar o creme em suas costas.
(acho que ele tava maluco e alucinando coisas)
BOM GENTEEEEEE, é isso, foi duro resumir histórias que já são piticas, mas foi bom para relembrar oq eu li. Ainda falta muuuuuuuuitos contos pra eu terminar, mas isso é pra outro post. Espero que vocês tenham gostado!!
beijinho
belli <3
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