Viver e duvidar

Eu acredito que venho aqui por conta da melancolia, se eu escrevo, acabo me preocupando com que as pessoas vão pensam. Se vou dormir com esses pensamentos acabo ficando amargurado sobre muitas coisas, coisas que podem transformar minha visão de uma pessoa, a pessoa passa de ser uma coisa simples e normal para algo complexo e ignorante.

Só de pensar que uma pessoa pensa já faz um nó no meu cérebro e a angustia me acerta no estomago novamente.

Mas se penso assim, eu não seria uma pessoa ignorante ?, isso só depende do meu humor do momento, de uma pessoa que gosta da própria imagem e pensamento pra o ser que sente repulso de si mesmo.

Queria estar sozinho, mas sempre quis ser lembrado por todos, queria ser feliz, mas o único futuro que aceito em meus pensamentos seria perturbado, e nem mesmo perspectiva eu tenho, eu digo dês dos meus 13 (o ano que realmente ganhei consciência) que não vou passar dos 18.   


Mas a ideia inicial dessa ''blog'' não é sobre essas coisas que levantei, mas como atualmente as coisas estão ''ameaçadoras'', minha suposição seria que quando menor eu vivia em meu mundinho, minhas preocupações era se eu conseguiria passar de alguma parte de um jogo.

Era bem aconchegante, mesmo rodeado de bastantes problemas. Mas no momento me sinto tão ecoado dentro de meus pensamentos, é como se eu vivesse mais nas ideias do que na realidade, algo falso e inaceitável, algo que nas ideias consigo mudar, bem irônico certo ?.

Nesses comentários e pensamentos que não vão levam a nada, acabei me perdendo no conceito que era inicialmente a ideia disso. A ideia de uma pessoa consiga pisar sobre outras para viver uma vida que era antes confortável para um de luxo, como uma pessoa pode dormir após se aproveitar de uma pessoa fragilizada através de ideias ou religião. Como um pastor que promete para uma senhorinha que se pagar uma quantidade de dinheiro poderá curar seu filho que está na beira da morte, e após conseguir as ultimas economia de uma família pobre, ele ira para um restaurante de luxo, comprar carros caríssimos, como consegue dormir após fazer isso ?.

Como um político, também — alguém eleito pra representar, proteger, melhorar a vida das pessoas. Mas que, no fim, só aparece de quatro em quatro anos com promessas recicladas e sorrisos forçados.
Gente que sobe em palanques e mente olhando nos olhos de quem sofre.
E quando conquista poder, vira as costas, fecha acordos por debaixo da mesa, desvia dinheiro que era pra saúde, educação, moradia.
E depois… deita na cama e dorme. Sem peso. Sem culpa.

Me sinto culpado por ter respondido alguém de forma meio grosseira. Talvez tenha sido o estresse… ou talvez algo a mais que nem sei explicar.

Já pensei, antes, que passar por cima de alguém não era necessariamente um ato egoísta.
Mas agora paro pra refletir: será que eu realmente faria isso? Ou pior… será que já fiz, sem perceber?

E talvez esse pensamento — essa dúvida — seja só uma desculpa inconsciente. Uma forma de justificar ou perdoar aqueles que fazem isso em uma escala menor.

Agora, o espírito do senhor Kafka já deve ter metido o pé daqui, por sinal, preciso mesmo ler A Carta ao Pai qualquer dia desses.

Essas foram as minhas indignações do momento. E, se alguém teve paciência pra ler até aqui…
Sinto muito por esse texto “desnecessário”. Mas, convenhamos, às vezes é justamente o desnecessário que nos salva um pouco.

É a minha primeira vez em toda minha vida fazendo isso.

Tchau Tchau