com minha doguinha.

Está bem, ela pisava no meu árduo trabalho e desfazia minhas tranças, me fazendo recomeçar de novo e de novo.

Posteriormente, ela roubava algumas folhas para consumo próprio. Não chegava a comer, mas ficava um bom tempo mastigando e espalhando os trapos que ela fez com o próprios dentes.

Mas eu amo ela.

E estou disposta a limpar sua bagunça quantas vezes ela desejar fazer.

Honestamente, bom pra ela, sabe?

Aliás, meus ramos fizeram sucesso entre as senhorinhas da igreja. Eu tinha feito alguns maiores e grandes, para distribuir com os que não tinham. Quando cheguei e vi que todos portavam ramos médios e pequenos, fiquei  envergonhada. Mas pessoas queridas se aproximaram, elogiaram as tranças, começaram a distribuir entre si, e, em algum momento que não posso identificar, bastava eu olhar para qualquer uma das quatro direções cardinais que podia encontrar um feito por mim.

Trancei alguns das pessoas antes da procissão,

durante a homilia,

quando voltei da missa,

e até de noite para meus avós e tia.

Foi bem legal. Me sinto uma artesã. Uma pena que é algo que só  posso fazer de ano em ano, mas despertou um interesse em mim que eu não sabia que tinha.

Boa Semana Santa para todos, quem comemora e quem também não. <3