Primeira Refeição Cap. 1

Quinta-feira 

 Liz estava mordendo sua caneta levemente enquanto encarava a folha de questões dada por seu professor. Sentada atrás dela um garoto conversava com seu amigo dando várias risadas altas a fazendo se esquecer dos últimos cálculos que havia rabiscado em sua folha. Ela sentava ao lado da grande janela, que a dava uma grande visão das flores roxas sendo regadas pelo jardineiro da escola. Um homem alto de barba rala negra assim como seu cabelo se aproximou de Liz de um jeito sutil:


- Veja que está novamente com dificuldades em se concentrar nas questões senhorita Elizabeth. - Ele diz passando sua grande mão em sua barba. O grande anel dourado com uma pedra de cor esmeralda refletida com o brilho da explosão da sala. - Seus cálculos estão errados, mas estão usando a fórmula correta.


Emerson Lutts. Ó professor de matemática de Liz. Um homem jovem e de corpo forte, com sorriso encantador e grande carisma. Sempre aos sábados Liz ia a casa deleta ter aulas particulares pagas pelos seus pais.Ele não era casado, o que fazia com que muitas mulheres o cortejassem, entretanto ele não demonstrava ter interesse algum em um relacionamento. Parte de suas alunas se perdiam em sua voz grave e doce, ou em suas poesias sobre os pássaros que haviam visto da janela de casa na manhã antes de ir dar aula. Liz adorava aqueles poemas. Escutá-los em dias de chuva eram ainda mais melancólicos, belos e únicos.


Liz falou levemente a cabeça para olhar seu professor tirando rapidamente a caneta de sua boca para responder:


-Eu ainda não entendi a questão. Estou tentando resolver sem pedir a sua ajuda professor. - Ela coloca uma mecha de seu cabelo atrás da orelha enquanto risca seus dedos na mesa sentido uma leve frustração.


-Entendo. Bem, se não conseguir hoje, teremos nossa aula de sábado para que você possa aprender. Afinal, na próxima semana será a aplicação das minhas provas. - Emerson da uma pequena batida na mesa de Liz e vai em direção a outro aluno que o chama por ajuda. 


Liz o olhar pelo canto do olho seu professor se afastar antes de voltar o olhar para a folha voltando-se a se frustrar com as questões em sua folha. Ela pensou na grande estante de livros na sala da casa de seu professor, ao lado dos dias grandes poltronas vermelhas que possuíam um cheiro leve de menta e café. Ela saiu de seu transe quando o sinal havia tocado, fazendo-a se levantar para ir embora, mas assim que passou por Emerson sentiu um leve cheiro metálico. Ela não havia sentido aquele cheiro peculiar vindo dele antes. Ele sempre possuía um cheiro de perfume único ao qual ele jamais trocou. Aquele leve cheiro diferente a fez pensar um pouco antes de ir embora esquecendo totalmente aquilo.


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