Textinho de terror

11 de Julho, 03 horas da manhã.

   Isa sentiu sua pele suar, mas soar muito, a ponto de escorregar, estava muito quente e podia sentir esse calor de dentro para fora, como se estivesse hiperventilando, só que agora de um jeito anormal. Abriu os olhos e viu uma figura aterrorizante diante de si.   

  Era uma mulher de cabelos negros e bagunçados, cheios de frizz e muito cheios, era extremamente magros e desnutridos, os dedos eram longos e magros demais para caber um anel. Ela estava nua e seu corpo era nojento e extremamente desconfortável de olhar. O pior era seu rosto, igualmente magro ao seu corpo, os olhos privados pretos, desde a esclera até o que seria sua pupila e eram tão fortes que conseguiam ver a si mesma deitada e aterrorizada. Os dentes totalmente estragados, eram dentes humanos, ou um dia foram, amarelados e alguns quebrados, também tinham manchas pretas como cáries e sua língua era anormalmente grande. Sua pele, além do amarelo esverdeado de seu rosto, Isa podia ver os seus poros se abrirem e de dentro saírem larvas, todas amarelas cor de pus e assim que saíam já entravam dentro de sua pele novamente, como se estivessem passando.

  A mulher se aproximava mais de Isa e a garota podia sentir seu hálito quente, se aquele cheiro pudesse ser descrito, ela poderia descrever como cheiro de enxofre e sangue, era como estar no inferno. Sentiu a língua da mulher deslizar pelo seu rosto e umedecer sua bochecha, também podia sentir aquelas larvas menores triscarem no seu rosto. Isabela não conseguia se mover, muito menos fechar os olhos, seu cérebro comandava seu corpo se debater e nada acontecia, sua respiração ofegava e tentava pelo menos regular seus pulmões. A mão daquela mulher envolvida em seu pescoço e apesar de muito fina era forte, Isa começou a achar que aquilo era real, não conseguiu fechar respirar e nem se debater para tirar a mulher de cima, a visão começara a ficar turva e seus olhosam, finalmente estava respirando novamente.