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Rei de nada
O mundo ruge, feroz e alheio,
e eu sigo mudo, um rei sem meio.
O tempo escorre entre meus dedos,
um trono erguido de ruínas e medos.
Finjo sorrisos, visto a couraça,
mas a solidão me enlaça.
Não sou mais forte, nem sou valente,
apenas aprendi a fingir que sou gente.
A solidão me corroi, mas me revela,
um anjo pálido, de graça singela,
tão puro e doce, que nem Deus perdoe,
preso ao destino que tudo ecoa.
As vozes em mim sussurram e clamam,
Gritei segredos que me desarmaram.
Se não for capaz de me resgatar,
não me empurre ao precipício sem hesitar.
Mas se você ainda quiser ficar,
e em minha mente silenciar a dor,
jura-me tudo o que puderes jurar,
antes que o tempo nos negue o amor.
@lado escuro
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