Why do goths appropriate cultural elements?

   É muito comum ver pessoas góticas usando elementos de diferentes culturas dentro da subcultura. Essa prática não surgiu do nada, mas faz parte de um processo chamado bricolagem subcultural, no qual símbolos, estilos e referências de diferentes eras e culturas são reinterpretados para criar um novo significado dentro do movimento gótico.

Certo, mas o que é bricolage? 

Bem... Bricolage é o processo pelo qual uma cultura ou subcultura constrói seu sistema simbólico a partir de elementos pré-existentes, reinterpretando-os de acordo com sua própria visão de mundo. Isso significa que o mesmo símbolo pode ter significados diferentes dependendo do grupo que o utiliza.

No caso de subculturas, quando se apropriam de símbolos de outras culturas, elas destacam aspectos que fazem sentido dentro de seu próprio contexto, o que pode diferir do significado original. Por exemplo, o Ankh, um símbolo egípcio da vida, foi adotado pela subcultura gótica e reinterpretado dentro da estética sombria e mística do movimento. Assim, a origem de um símbolo não explica completamente seu uso atual, pois ele é transformado dentro do novo sistema cultural que o adota.

Como isso se manifesta no movimento gótico?

Por meio da bricolagem, os góticos incorporam influências da moda vitoriana, do simbolismo egípcio, das crenças ocultistas, do cinema expressionista alemão, entre outras referências, transformando-as em parte de sua identidade. A moda de luto vitoriana, por exemplo, não é revivida somente por seu valor histórico, mas também por sua conexão com o romantismo sombrio.

O movimento gótico tem uma forte conexão com o romantismo, o ocultismo e o macabro, o que leva seus membros a buscar referências em várias tradições espirituais, históricas e artísticas. Alguns exemplos incluem...

• •Egito Antigo: O Ankh, símbolo egípcio da vida, é muito utilizado pelos góticos, influenciados pelo fascínio pelo misticismo egípcio e pela banda Bauhaus.

• Era Vitoriana: Muitos góticos adotam a moda e os rituais de luto vitorianos, que enfatizam a estética do melancólico e do sobrenatural.

• •Japão: Gothic Lolita, um subgênero da moda gótica no Japão, mistura estética dark com roupas inspiradas na moda rococó e vitoriana.

• Crenças espirituais diversas: O movimento gótico flerta com o ocultismo, explorando símbolos do satanismo, Wicca, alquimia e outras práticas esotéricas.

Basicamente esses elementos, mas os reinterpretamos dentro do seu próprio contexto. O uso de símbolos de diversas culturas não é simplesmente apropriação de identidade vazia, mas uma maneira de construir uma única, conectando-se ao mistério, à transgressão e à estética do belo e do escuro.

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