o jogo que me amaldiçoou

O JOGO PROIBIDO

Meu nome é Maicon, tenho 18 anos, e essa é a história que mudou minha vida para sempre. Até hoje, não sei explicar direito o que aconteceu, mas uma coisa é certa: eu nunca mais jogarei nada sem antes saber de onde veio.

Tudo começou quando encontrei um DVD antigo enquanto ajudava minha tia a limpar o porão da casa dela. O disco estava empoeirado e sem capa, mas tinha algo rabiscado com marcador preto: "NIGHTMARE: NÃO JOGUE". Achei que era uma brincadeira boba e, como sou curioso, levei para casa.

Coloquei no meu velho computador e, para minha surpresa, o jogo rodou. O menu era simples, com uma única opção: "PLAY". Sem pensar muito, cliquei.

O jogo começou em uma floresta escura, com uma névoa densa. Eu controlava um garoto de capuz vermelho, andando por uma trilha abandonada. Não havia música, apenas um som baixo, como sussurros distantes. Depois de alguns minutos andando, encontrei uma cabana velha. Quando entrei, a tela ficou estática por alguns segundos, e então algo estranho aconteceu:

O personagem do jogo virou para mim. Não para a câmera, mas para MIM. Como se estivesse me olhando através da tela. Meu coração disparou. A boca dele se abriu lentamente, e uma mensagem apareceu:

"VOCÊ NÃO DEVERIA ESTAR AQUI."

Foi quando ouvi um som atrás de mim. Algo arranhando o chão do meu quarto. Virei rápido, mas não havia nada. Quando olhei de volta para a tela, o personagem já não estava mais lá. Apenas um corredor escuro na cabana. Não lembro de ter movido ele, mas ele agora estava dentro de um quarto pequeno, com uma porta entreaberta.

Minhas mãos tremiam no mouse. Eu sabia que algo ruim ia acontecer, mas não consegui parar. Movi o personagem até a porta e abri devagar. A tela piscou e, por um instante, vi um rosto pálido de olhos fundos e um sorriso largo. Meu monitor desligou sozinho.

O quarto ficou em silêncio. Mas então, ouvi uma risada baixa… vinda de dentro do meu guarda-roupa.

Eu saí correndo, gritando por minha mãe. Quando voltamos, o computador estava normal, como se nada tivesse acontecido. Tentei mostrar para ela o DVD, mas ele não estava mais no meu quarto.

Desde aquele dia, algo mudou. Às vezes, acordo no meio da noite e encontro meu monitor ligado, mostrando aquela cabana escura. Outras vezes, ouço sussurros quando estou sozinho. E, algumas madrugadas, vejo uma sombra de capuz vermelho parada no canto do meu quarto.

Esperando.