A flacidez de minhas palavras saltam-me pela boca, as angustiosas batidas de meu coração não param, mesmo com suas fissuras. O acre da sina pertuba-me, mesmo com meu peito impelindo o lúgubre que toma conta de minha mente.
Meus ossos parecem no lugar certo, retos demais, então por quê minha mente diz o contrário?
Tatuei, na mais ínfima parte de meu coração, o peso da amargura: os arrependimentos, os desejos que nunca supridos, as necessidades reprimidas, o exasperante pandemônio que habita em minh’alma puxando-me para um vazio estreito, onde não me reconheço ou encontro-me. Neste vazio, a única coisa visível é a dolorosa dúvida do “seria tão mais fácil se…” que vem à minha mente quando vejo aquelas janelas do segundo andar, mordo meus lábios em sinal de repreensão. Em mim habita tudo, ao mesmo tempo nada, porque sou tudo e nada, me conheço e não me conheço.
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