Um momento peculiar me ocorreu hoje. Enquanto observava meu terrário, fui cativado pelo ciclo vital desses pequenos seres delicados, que se transformam em criaturas grandes e exploradoras.
No entanto, ao refletir sobre mim mesmo, sinto-me como um verme em estado de estagnação, incapaz de superar minha condição atual de pupa. Aos 21 anos, percebi uma discrepância entre minhas expectativas e realidade. Duas vozes internas se confrontam: uma, que sussurra fracasso; outra, que afirma superioridade.
Essa dualidade se manifesta em meu cotidiano: acordo otimista, trabalho com destaque, mas, diante dos besouros, sinto-me impotente. Uma sensação de insatisfação persistente do comodismo adolescente de sempre estar infeliz
(Será que a criação de deuses é uma busca instintiva pela salvação, assim como um náufrago em uma ilha deserta anseia por resgate antes de sucumbir à desesperança?! Se meu deus não fosse um monstro de espaguete voador, ele seria um besouro-Hércules gigante, adorado por elfas que só se alimentam de baldes de frango frito!!!)
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