Fui amante, fui brasa acesa,
entreguei minha alma sem medo ou defesa.
Desejei apenas dar e receber,
como se o amor bastasse, como se fosse viver.
Sabíamos os três, sem disfarce, sem véu,
do risco, do pacto, do nosso céu.
Entre olhares roubados e beijos negados,
eu queria dar tudo, sem pecados ou fardos.
Mas fui julgado por querer demais,
por transbordar o que não tinha rivais.
Sai como errada, a causa perdida,
mas só queria amor, simples e sem medida.
Ainda que o mundo pinte de dor,
no fundo só quis viver o calor.
Ser amante não é crime, nem traição,
se é de amor que se enche o coração.
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