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Category: Blogging

coisas matinais

oii, primeiro post né rsrs.. sei la, to inspirado.


ontem eu acordei, e como aluna exemplar que sou, me arrumei, engoli o choro e sai pra ir pra escola. eu saí 6:30, que já tava errado, pq normalmente eu saio 5:50 - 6:00, mas ignorei, ia dar certo de qualquer jeito.

o primeiro 878 passa, eu fico estático porquê apareceu cedo, mas ele tava muito cheio, e a menina do cabelo curto e aquele gordo maldito conseguiram entrar e eu não. acho que se eu tivesse esperado os clts se apertarem ainda mais, eu teria entrado, mas minha paixão (e empatia) estavam em dia. nisso, tentei não me frustar, agora já não tinha ninguém da minha escola pra esperar o ônibus comigo, mas tava tudo bem, até que

um arrombado (ou salvador da pátria) grita, com essas mesmas palavras e uma entonação de como ele estivesse gritando que tem algum prédio pegando fogo

"OLHA O RATO"

eu me calei, olhei pro chão, e tinha um rato gigantesco andando pra lá e pra cá, e eu em choque quando ele veio na minha direção, sentei em cima desses.. posteszinhos q tem na rua, sabe? sei lá, eu sei, ent, e tinha uma velha no ponto, que riu da cena (confesso que eu tambem teria rido), no final o rato não pegou ninguém pela canela mas foi um ótimo alívio cômico e distração pros miseráveis que estavam esperando um 878.

depois de um tempo esperando e nada, essa velha falou em voz alta (que nem todas as velhas - que insistem em narrar tudo que vão fazer mesmo que ninguém conheça elas), que ia pro "alto", que basicamente, é um ponto de ônibus mais distante que, por causa de eventos recentes, tá com mais ônibus, porque invés de entrar na muzema (que já é um erro fatal e que bom que eles reconheceram isso), eles dão o retorno. 

até tentei andar um pouco, mas não fazia ideia da onde esse ponto era porquê eu sou tapado, então decidi voltar e aceitar minha derrota. no final, meu pai deixou eu não ir pra escola, porquê passou 70 viaturas também né..


já hoje, eu também acordei normalmente (mesmo não querendo), comi uma bolacha com ketchup e tentei conter os pensamentos suicidas. botei meu uniforme, e pra surpresa de todos, arrumei meu cabelo, já que eu não tava atrasado mesmo. esbarrei em umas trezentas coisas na minha casa, e também, decidi medir minha altura; marquei com uma caneta na parede (nosso apartamento é alugado), e fiquei procurando a trena por uns bons momentos. depois de achar ela, que a propósito estava escondida, medi a altura e percebi (ou descobri) que tenho exatamente 1,69. o suficiente pra alimentar meu ego e permitir que eu fale que tenho 1,70. enfim.

seis em ponto eu saí de casa, esperançoso dessa vez, presumindo que meu problema de ontem tinha sido eu estar no ponto errado. nisso eu fui, em toda minha fofurice andando pelas ruas do itanhangá, a certo ponto, comecei a ""seguir"" uma moça (que sinceramente - só tava indo pro mesmo lugar que eu), que tenho certeza que pensou que eu ia assaltar ela. independente disso, cheguei no ponto depois de muito andar (não era tão longe assim, mas eu não consigo fazer exercícios então né), fiquei encostado em uma espécie de cerquinha que tinha lá (da pra ver ela na foto que tá anexado nesse post). mesmo que estivesse caindo um pouco de chuvisco, manti minha posição me fingindo de emo (não preciso fingir). 

40 minutos se passaram e eu comecei a questionar se era questão de sorte. vários ônibus passavam e nada de 878, eu até podia fazer uma rota alternativa, mas eu não quero arriscar ficar perdido que nem a última vez que ""tentei"" um ônibus diferente (só peguei o errado sem querer). fiquei meio decepcionado, sinceramente, mas não ia desistir tão facilmente.

no momento que eu ia abrir o twitter pra reclamar, o ônibus chegou, obviamente cheio (o que me desanimou mais ainda), mas tudo bem, eu não consegui entrar pela frente e fui pela porta de trás. infelizmente um maldito da MINHA SALA (joao pedro) ficou na minha frente, e como eu definitivamente odeio ele, fiquei me segurando que nem uma velha pra não encostar nem um pouco nele (mesmo que fosse bem difícil em um ônibus cheio e com um motorista que não tinha amor a vida). não tenho nada contra ele, ele só é.. sei la, acho que ele tem cara de metido. não conheço ele o suficiente pra odiar. sei que ele fez a prova do ao cubo comigo, e jurei que ele iria passar invés de mim.

aliás vale a pena mencionar que tinha um moleque que saiu do ônibus no ponto depois do brt porquê os amigos dele desafiaram ele. me pergunto se ele chegou na escola.

ENFIM.

cheguei no ponto depois de um trajeto horrível do começo ao fim (lembrete pra começar a sair cedo de novo), e comecei a calmamente ir até a escola na mesma lentidão de sempre. não podendo evitar olhar pra uma menina da minha escola; ela tem cabelos curtos cacheados, sempre usa o casaco na cintura e sempre tá com penteados fofos ou presilhas no cabelo. ela sempre corre pra encontrar a amiga dela na praça (que inclusive faz curso de inglês comigo), e eu já vi ela jogando project sekai no recreio. acho ela super fofa, e legal, mas tenho vergonha de chegar pra conversar, já que pjsk não é meu maior forte quando se trata de jogos. sempre fui horrível.

independente disso, fiquei sentado no portão (enquanto AINDA chuviscava), a moça da portaria abriu antes por causa da chuva. fiquei sentado e ouvi de relance uma conversa de alguns meninos da minha sala, não pude evitar, óbvio, não sou fofoqueiro. joao pedro falava e falava de uma menina que estava encarando ele, e por um momento, pude jurar que era eu. foda-se se fosse, né. quem olharia pra esse filhote de cruz credo.

além de que, eu estou em uma posição de incapacidade de relacionamentos. estou miserável. fiz uma piada no twitter, algo como "eu distraindo ele pra ele não saber o verdadeiro motivo de eu estar solteiro (sou gordo, emocional e intenso demais)", e acho que talvez seja a maior verdade que já saiu da minha boca em uns bons anos. não gosto de me depreciar, mas tem gente que faz eu questionar se eu sou uma pessoa interessante, sei la. pode ser coisa da minha cabeça.

última coisa antes de eu ir embora,

eu não fiz a redação valendo dois pontos na média - não porque eu preciso provar pra professora que não preciso deles pra passar.. eu reescrevi e reescrevi, mas não fiquei satisfeito com nada que eu pensei, e prefiro não entregar do que entregar um trabalho mal feito. acho que, muitos falam que tristeza e frustração fazem parte do "processo criativo", mas eu só fico.. sei la, desgostoso. enfim, nada demais.


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