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Three minutes? Get the Blitz!

“On the chessboard lies and hypocrisy do not survive long.

The creative combination lays bare the presumption of a lie;

the merciless fact, culminating in a checkmate, contradicts the hypocrite.”

Bobby Fischer, My 60 Memorable Games


Como estou aprendendo um pouco sobre xadrez, decidi escrever um pouco sobre uma variante interessante que eu joguei na minha primeira vez indo a um clube de xadrez presencial, à influência de um grandíssimo jogador que conheci.


A variante da qual falarei é o Xadrez Blitz.


É empregada aos enxadristas uma quantidade de exatos três minutos para cada jogador, com acréscimos de dois segundos a cada “baque” no cronômetro. É um jogo com as mesmas regras do xadrez comum, com a exceção óbvia do curto período de tempo em que as jogadas devem ser feitas. O tempo para um raciocínio longo e busca por movimentações interessantes é difícil e (digo por mim mesma) praticamente impossível. Apesar de tudo, é um bom modo para aguçar a velocidade do raciocinio lógico e espacial diante do tabuleiro, que se torna absurdo, mas extremamente divertido.

Eu particularmente acho a pressão do tempo muito mais envolvente do que a pressão do oponente, deixa a mim mais eficiente e com mais vontade de pensar rápido e de forma com que eu vá tentar ganhar o jogo.

Foi sugerido que quanto mais rápido for o controle de tempo, menor será a qualidade do jogo. Isso pode ser verdade, mas a adrenalina que se sente ao jogar ou assistir a controles de tempo rápidos é difícil de igualar. Pré-movimentos, aberturas incomuns e excêntricas, erros e outras loucuras definem o xadrez rápido e sua capacidade de atrair tantos jogadores para essa variação do jogo clássico.

Agora falarei um pouco de três jogadores que eu gosto muito e que são muito consistentes e importantes para a história do Blitz: Bobby Fischer, Mikhail Tal e Magnus Carlsen.




Bobby Fischer


Como falar de xadrez sem citar o grande Robert Fischer, um dos maiores astros do jogo de tabuleiro mundial, tendo sido o décimo primeiro campeão mundial de xadrez e um Grande Mestre, o primeiro e único campeão nascido nos EUA. O campeonato de 1970, cujo vencedor foi o enxadrista de quem falamos, foi vencido anteriormente à implementação de fato desse modelo por parte oficial. Ele contribuiu de forma imensa na blitz, vencendo o campeonato de 70 de Herceg Novi, derrotando diversos jogadores intensos da época e consolidou o jogador como um dos maiores. Além disso, ele patenteou um sistema de jogo chamado “xadrez aleatório de Fischer”. 




Mikhail Tal


Outro jogador de grande importância e nada inesperado de ser citado é o soviético Tal. Foi conhecido pelo seu estilo de jogo muito agressivo e imprevisível, que são características ótimas para quem é jogador assíduo de blitz. Não ser capaz de deixar seus oponentes previrem seus movimentos e criar hipóteses segundo a literatura torna a vitória mais fácil, não se importando muito com o sacrifício de peças. Decisões rápidas e intuitivas são fundamentais nesse estilo de jogo. Criar confusão no oponente torna-se uma vantagem imensa, principalmente quando não se tem tempo suficiente para pensar muito nos próximos passos. E além disso, assim como Fischer, ele foi essencial para a disseminação do interesse em outros enxadristas por esse modo de jogo tão interessante.





Magnus Carlsen


Agora ao queridinho da atualidade e primeiro do mundo, o maior jogador de xadrez (segundo muitos, embora eu discorde em partes) da história e vencedor de torneios mundiais de blitz durante os anos de 2009, 2014, 2017, 2018, 2019, 2022 e 2023. Detém muitos ganhos com números que são extraordinários para qualquer ser humano adquirir em tão pouca idade. Para o modelo blitz, ele tem tido sua importância por divulgar, principalmente em torneios virtuais, esse modo de jogo. Sua habilidade no jogo veloz é o que caracteriza de forma principal sua fama e relevância no cenário mundial, além de sua versatilidade na operação do tabuleiro. Não só sua belíssima atividade no tabuleiro pode ser elogiada, mas também o jogo psicológico que ele faz com os oponentes, trabalhando tão bem suas peças que o desgaste emocional e mental faz com que seus oponentes cedam em decorrência da pressão do tempo. E como forma de popularizar esse modo, o fato dele ser embaixador de xadrez rápido e blitz do site Chess.com e competir em torneios online de fácil acesso para grande parte da população mundial e mais emocionantes de acompanhar. 


Agora que finalmente conhecemos um pouco do modelo blitz, por que não experimentarmos uma partida? Daremos, por fim, uma olhadinha no tabuleiro final de Bobby Fischer X Borislav Ivkov.


(Brancas de Fischer e Pretas de Ivkov)




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