eco silencioso

Na penumbra da noite, um homem solitário,

Caminha pelas ruas de um mundo cansado.

Os passos ecoam, um som de despedida,

Como se o vento sussurrasse sua vida esquecida.


As luzes da cidade piscam, como estrelas distantes,

Reflexos em poças de chuva, fragmentos vibrantes.

Mas seu coração é um deserto, uma paisagem estéril,

Onde a esperança se esconde, um sonho frágil.


No café da esquina, os risos são vozes,

Mas ele observa, distante, as sombras, as escolhas.

As conversas dançam, mas ele está preso,

Num labirinto de silêncios, um abismo imenso.


Lembra-se dos dias em que o amor era fulgor,

Quando as risadas preenchiam seu interior.

Agora, cada lembrança é um peso, um fardo,

Como folhas secas que caem, um outono amargo.


A solidão é um manto que envolve seu ser,

Um eco de anseios que não consegue entender.

As paredes, testemunhas de suas lutas internas,

Guardam segredos e medos, as marcas eternas.


E ao olhar para o céu, busca um pouco de paz,

Mas as nuvens pesadas só trazem a voraz

Sensação de vazio, como um mar sem fim,

Onde ondas de tristeza quebram, levando-o a um sim.


Mas no fundo do abismo, uma luz tênue brilha,

Um lampejo de vida, uma rara maravilha.

E mesmo na dor, ele sabe que um dia,

A solidão se dissipará, como a sombra da agonia.


Pois no ciclo do tempo, até o luto se esvai,

E as flores do amanhã podem brotar em seu pai.

Assim, ele caminha, apesar do peso e do medo,

Em busca de um novo sol, que ilumine seu enredo.

darkk


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