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Category: Life

Sobre personalidade

Eu gostaria de escrever um texto um pouco mais elaborado sobre isso, mas usando um pouquinho do meu conhecimento e bastante de achismo: Como formar uma personalidade?

    Vejo algumas pessoas bem rasas em relação a personalidade no geral e sobre as pessoas que elas são e eu também sou um pouco insegura sobre isso. Recentemente tenho me decepcionado muuuuito porque algumas pessoas que eu admirava no passado hoje parecem vazias, não digo isso me sentindo superior (longe disso!) mas eu era tão mais nova e ingênua e as expectativas que eu colocava nas pessoas era tão tão alta que depois de um pouquinho mais amadurecida tenho me decepcionado muito fácil.

    Esses dias tive aula de literatura e meu professor comentou sobre os Recursos Expressivos e utilizou a Intertextualidade como uma metáfora para a formação do ser humano. Parafraseando-o e juntando com um pouco do que eu penso é notável que não há quase nada original em nós. Somos quase inteiramente formados por cada pessoa que passou em nossas vidas, seja um professor muito marcante, um namorado ou um amigo qual gostamos muito. As vezes admiramos uma pessoa ao longe, sem ao menos conhecê-la: um famoso, um pensador ou filósofo antigo, um artista renascentista ou aquela garota bonita que passou na rua uma vez. 

    Não só pessoas mas experiências no geral também, tudo que cause um sentimento, uma sensação, uma lembrança ou apenas um prazer estético. Somos influenciáveis. Outros mais, outros menos. Não falo exclusivamente de experiências positivas, as negativas também tem um peso enorme em como agimos, falamos ou enxergamos o mundo e até na forma que queremos nos portar em sociedade, nosso estilo, ideologia, etc.

    A intensa insegurança que esse pensamento me desperta é a de que não sou original em nada, que sou uma cópia, um plágio, uma farsa. Não sou. Não somos. As pessoas carregam em si outras, mas isso não significa que necessariamente somos uma imitação barata de outro indivíduo. A personalidade que formamos é recheada de referências e inspirações de toda a nossa trajetória de vida e são essas peças do quebra-cabeças que nos formam como seres humanos.

    Só nós mesmos conhecemos cada pecinha, talvez uma pessoa conheça uma parte do quebra-cabeças, outra pessoa conheça outro pedaço, mas, no geral, o que as pessoas veem de verdade é aquela linda imagem que cada fração de você que forma. Só nos mesmos conhecemos todas as peças individualmente e é natural esse sentimento.

    Retornando ao primeiro tópico, as vezes, quando ainda não nos conhecemos, aquelas pessoas que tem um estilo musical maneiro ou se veste de maneira criativa parece ser quase um semideus e que eu nunca seria tão foda igual a ela, ou pelo menos era assim que eu pensava. No entanto, quanto mais a gente se conhece e quanto mais a gente descobre do que a gente realmente gosta e quem a gente realmente é, as outras pessoas não são tããão mais incríveis assim. Na verdade, elas são SIM incríveis, mas nós vemos que elas são seres humanos também, tem falhas, tem sentimentos e tem ideologias, gostos, preferências que nem sempre vão ser iguais aos nossos e que sempre vão nos agradar e que no fim somos todos iguais mesmo tão diferentes. Essa é a grande ironia do Homem.

    Concluindo, tenho alguns conhecidos que literalmente roubam a personalidade de outros e fica escancarado que aquela pessoa não está sendo natural, fingindo risos, forçando piadas e simulando ser alguém que não é. Você não precisa se mudar para ser aceito ou ter validação de ninguém. Sicrano e Beltrano vão gostar de você do jeitinho que você é, e se não gostarem, paciência! Com certeza Fulano vai gostar...

    Enfim, pessoal, obrigada por acompanharem meus devaneios até o final e lerem até aqui. Perdoem os erros gramaticais e a repetição exacerbada de algumas palavras, espero que o texto tenha ficado ao menos legível. 

    Em Suma: SEJA VOCÊ MESMO.


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