Olhos de antúrio.

Por onde andam aqueles olhos ternura que admirava este jardim?

Nem um outro anjo comparava a você 

Dias, tardes e noites contadas

Era mês de julho; Me lembro bem como era a sensação de secar suas lágrimas curtas

Deixavam as rosas vivas como uma simples canção da manhã

Este céu pintado de aquarela; Impedindo que o fim lhe entregasse por completo.

Você sumiu, criou asas para voar?

Não, corpo se decompondo no gramado vermelho e fundindo-se com a natureza

Os pincéis secos; sua tinta guache sobre o papel queimado

Era um incêndio que invadia todo céu estrelado pós-guerra com seus sentimentos

Coração cheio de fortunas

Em Noites frias; costumava escutar seus batimentos fracos 

Que falecesse cedo com o silêncio que virou barulho 

O rumo criou muros enormes sendo impossíveis de ultrapassar

Assim como os venenos de antúrio de seu jardim

A arte que transmitia em seus lábios quentes e provocantes

E os olhos misteriosos quase fatais; assassinato perfeito

Fique mais um pouco comigo

"O sempre" nunca foi "para sempre"

Quando criança, acreditei que tudo seria "felizes para sempre."

Foi a última vez que o encontrei vivo

Consumido e encharcado pela flor vermelha.