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Category: Religion and Philosophy

Born to Die e a "luz" da Filosofia

“ ‘Cause you and I

We were born to die”

Lana Del Rey - Born to Die


Cá estava eu, sendo fã da Lana quando eu ouço um trecho específico de Born to Die (a música) que me deixou curiosa. Comecei a pensar em uma aula do estendido que tivemos e em como essa cantora costuma fazer referências filosóficas em suas músicas e cheguei à uma conclusão e interpretação um pouco estranhas, mas curiosas dessa canção da qual falarei neste texto.


Teorizando 😰


Pensei o seguinte, no trecho:

Lost but now I am found

I can see that once I was blind

I was so confused as a little child

Tryna take what I could get

Scared that I couldn't find

All the answers, honey


Me recordei muito do Mito da Caverna de Platão, já que ela diz que durante um tempo foi “cega” e confusa, o que poderia ser uma grande metáfora às pessoas dentro da caverna, que tinham curiosidade sobre onde tais coisas vinham, mas nao buscavam e acabavam se contentando com isso. É como se fosse alguém que anteriormente estava perdida em um mundo irreal (não digo fantasioso, mas um mundo cheio de alegorias para dispersar as pessoas dos reais problemas, do questionamento). O estar perdida e o encontrar-se seriam maneiras de dizer que a personagem que fala conseguiu “sair da cartola” e olhar pro mundo à sua volta de maneira diferente da qual lhe foi proposta de início.

É evidente que em boa parte das músicas da artista ela traz um questionamento sobre a vida, uma questão meio existencialista e essa música não é uma exceção. Há uma busca por compreender a vida que vive e o amor, tentando não se machucar diante desse processo. O caminho filosófico de descobertas que a personagem progride durante a história que nos é contada seria principalmente em relação ao amor. Também acho o seguinte trecho interessante:


“Walking through the city streets

Is it by mistake or design?”


Podemos interpretar como sendo as primeiras perguntas que ela faz a si mesma para poder seguir em frente. A tradução poderia ser algo como “Andando pelas ruas da cidade, Faço isso pelo acaso ou pelo planejado?” (design significa planejar, então podemos ler como fazer algo planejado, algo que já foi resolvido). Isso poderia significar que durante a abertura da percepção da mesma sobre o mundo, ela se pergunta se ela faz aquilo por que havia sido de alguma forma planejado ou se era totalmente o acaso, algo que não estava no caminho, mas que de alguma forma encontrou ela.

Também fala sobre as complicações da vida e sobre nem tudo o amor ser capaz de salvar, o que é um senso comum trazido pela mídia dos filmes, séries e livros e afeta na nossa percepção da vida.


A ideia do primeiro trecho citado também pode significar uma coisa que vimos em aula e que eu achei muito bonita (e considero como uma verdade para mim) que é a questão do filósofo “iluminar”, abrir os caminhos, mostrar a capacidade do questionamento da vida para o indivíduo comum, que é uma coisa que eu captei muito na música. O eu lírico fala muito sobre como começou a perceber o mundo após compreender as ideias filósoficas e após ter “filosofado” quanto à sua realidade e então decidiu pegar tudo que conhecia para ir atrás de respostas e ao conseguí-las, ela chegaria à conclusão de que de fato, a única coisa que seria a final era o seu amor e a morte.

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